Bulimia
Medo de engordar pode ser sinal de transtorno alimentar
Mariana Aprile*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Vômito vira rotina na bulimia
O medo mórbido de engordar faz parte do quadro de bulimia. E comer exageradamente também. Quem tem esse transtorno alimentar pode devorar até 15 mil calorias de uma só vez. Logo depois, corre ao banheiro para vomitar ou usa medicamentos para tentar eliminar o que comeu.
Algumas dessas pessoas fazem uso exagerado de laxantes, diuréticos, hormônios da tireóide ou praticam exercício de forma excessiva. Para o diagnóstico de bulimia nervosa é necessário haver ataques de comilança - o que os especialistas chamam de "episódio do comer compulsivo" -, pelo menos duas vezes por semana, ao longo de três meses seguidos, de acordo com a definição da Associação Americana de Psiquiatria.
Auto-imagem distorcida
O bulímico sempre pensa que está gordo - mesmo se, como costuma acontecer, apresenta peso normal. E a doença demora a ser descoberta por familiares ou pessoas mais próximas.
Quem tem bulimia, disfarça o problema. Sabe que seu comportamento é absurdo, mas não tem controle sobre ele, come de forma compulsiva e depois provoca o vômito. É comum entre os bulímicos o hábito de esconder comida no quarto, para futuros episódios.
Bulímicas - a maioria dos casos é de mulheres - têm humor depressivo, baixa auto-estima e vivem tentando perder peso com dietas radicais, fazendo jejuns. Também podem evitar ter vida social porque sabem que seu comportamento está fora da normalidade.
Sinais de alerta da bulimia
O peso permanece dentro dos limites normais para 70% dos pacientes com bulimia, porém, seus organismos se ressentem bastante da falta de nutrientes causada pelos episódios repetidos de vômito.
Alguns sinais podem aparecer, como ferimentos ou calos nas costas das mãos, provocados pelo hábito de colocar o dedo na garganta para induzir o vômito. "Outro traço evidente é a queda de unhas e dentes por causa do contato constante com os efeitos corrosivos do suco gástrico do vômito", diz o especialista em odontologia clínica Fausto Eduardo Lang, de São Paulo.
Depoimentos ajudam a vencer preconceito
A atriz Jane Fonda, que se tornou guru da forma física com um programa de aeróbica, sofreu de bulimia, de 1950 a meados dos anos 1970. "Por 25 anos, eu não conseguia colocar um garfo de comida na boca sem sentir medo", disse ela em um programa de televisão sobre transtornos alimentares.
Nos anos 1980, a princesa britânica Diana, a Lady Di, morta em 1997, sofreu de anorexia e bulimia, que chamou de "mal secreto" em sua autobiografia, de 1995.
Seu testemunho público sobre sua luta contra o distúrbio ajudou milhares de mulheres a enfrentar o problema e procurar tratamento, na Europa, de acordo com um estudo do Instituto de Psiquiatria de Londres.
Depois da publicação do livro, deu-se o chamado "efeito Diana" e as pessoas perceberam que podiam procurar tratamento: os casos declarados de bulimia passaram de 25 a cada 100 mil mulheres em 1990 para 60, em 1996 - e a busca por ajuda médica continua a crescer.
O que desencadeia a bulimia?
Muitos fatores podem desencadear a bulimia. Há relatos de pessoas que descontam as frustrações do cotidiano na comida, e depois vomitam para se sentirem aliviadas de seus problemas. Nesses casos, a causa da bulimia não é o desejo de emagrecer, mas sim a vontade de "descontar" frustrações. Por isso, a bulimia é também conhecida como bulimia nervosa.
Também há relatos em que a bulimia está relacionada com a anorexia - a paciente vomita o pouco que come. A maioria dos casos acontece entre 18 e 20 anos de idade, em mulheres com peso normal, mas que buscam ficar o dia inteiro fazendo dieta ou controlando o seu peso.
Os problemas que a bulimia traz
O ato de vomitar, tomar laxantes e diuréticos de forma constante por meses ou anos seguidos, gera graves problemas de saúde e pode levar à morte, por parada cardíaca ou hemorragia.
Muitas vítimas da bulimia só procuram tratamento quando estão com esofagite (inflamação do estômago), gastrite, sangramentos intestinais (devido ao uso excessivo de laxantes), ou com alterações dentárias - os dentes estragam por causa do contato com o ácido do estômago. Existem outros problemas que andam junto da bulimia, como a depressão e a ansiedade.
Se, ao olhar-se no espelho, você fica com a impressão de estar gorda (embora esteja no seu peso normal), cuidado. Você tem o que os médicos chamam síndrome parcial.
Nesse caso, as chances de desenvolver transtornos alimentares como a bulimia são vinte vezes maiores e é indicado procurar ajuda médica.
Ana e Mia como lidar?
Bulimia
anorexia e bulimia não traz perfeição nem beleza,em pessoas perfeitas o cabelo não cai,a pele não fica seca e não tem um tubo no estomago... :(
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Respirar
Se te olha no espelho
E a imagem é destorcida
Se não te encontra no reflexo
Se te sente abandonada
Não te deixe enganar
Essa imagem não é real
Pouco a pouco fecha a ferida
Deixa atrás o pesadelo
Justo respirar, respira pela a vida
Saiba que para sempre
Haverá uma mão amiga
Justo respirar, respira pela a vida
Não tenha medo
Agarre a vida
Grita e te salvarei
Grita e te ajudarei
Grita e te salvarei
Grita e te ajudarei
Se te olha no espelho
E a imagem é destorcida
Se não te encontra no reflexo
Se te sente abandonada
Não te deixe enganar
Essa imagem não é real
Pouco a pouco fecha a ferida
Deixa atrás o pesadelo
Justo respirar, respira pela a vida
Saiba que para sempre
Haverá uma mão amiga
Justo respirar, respira pela a vida
Não tenha medo
Agarre a vida
Grita e te salvarei
Grita e te ajudarei
Grita e te salvarei
Grita e te ajudarei
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Seguir de pé
As vezes parece que você não conseguirá conviver com essa situação,você sempre encontra um defeito em seu proprio corpo.Sempre terá algo de errado!o que devemos fazer é buscar dentro de nós mesmos uma força enorme para seguir de pé,algo que nos motive a viver que nos dê esperança de sair desta situação...Talvez na verdade o que precisamos é ver como realmente somos!Não podemos fechar os olhos porque temos medo,devemos arregala-los e encarar de frente essa situação...
domingo, 29 de agosto de 2010
O QUE É BULIMIA ?
A bulimia é um transtorno alimentar aonde as principais características são os episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios para evitar o ganho de peso. As pessoas que sofrem de bulimia vivem em um circulo vicioso de compulsão-purgação.
Na sua maioria os pacientes com bulimia estão dentro da faixa de peso normal, embora alguns possam estar com um peso levemente acima ou abaixo deste. Existem indicações de que antes do início do transtorno alimentar, os pacientes com bulimia estão mais propensos ao excesso de peso.
A bulimia apresenta uma prevalência no sexo feminino, 90 a 95%. A doença se manifesta mais tarde do que na anorexia, por volta dos 18 a 20 anos
Os episódios de compulsão consistem no consumo de uma grande quantidade de alimentos freqüentemente ricos em calorias. Os tipos de alimentos variam mas geralmente são ricos em gordura e/ou açúcar.Os episódios de compulsão alimentar ocorrem em segredo, por isso raramente são presenciados por outras pessoas. Alguns deste episódios são previamente planejados, mas geralmente ocorrem de forma impulsiva. Entre os episódios compulsivos, os pacientes restringem seu consumo calórico total e selecionam preferencialmente alimentos com baixas calorias, evitando alimentos que percebem como "engordativos". O "gatilho" das compulsões na bulimia, pode incluir depressão, dificuldades nos relacionamentos interpessoais, aborrecimentos, dietas restritivas e/ou prolongadas, e insatisfação e/ou distorção da imagem corporal.
A compulsão alimentar "camufla" temporariamente os sentimentos negativos, mas este estado é rapidamente seguido por sentimentos de culpa. A bulimica sente vergonha dos seus ataques de compulsão (binge), e entende seu comportamento como uma falta de controle, o que é uma das razões para a baixa auto-estima: "Existe alguma coisa "errada" comigo, sou "imperfeita", porque não consigo me controlar". É difícil para alguém que sinta desta forma procurar ajuda. Daí o prazo, e a demora de até dez anos, para que uma pessoa que sofra de bulimia busque ajuda.
Os comportamentos compensatórios são uma forma de "conter" os efeitos ( o aumento de peso) das crises de compulsão. O comportamento compensatório mais comum são os vômitos. Na bulimia os vômitos são provocados seguidamente os episódios de compulsão. Os vômitos auto-induzidos representam o comportamento compensatório mais comumente utilizado pelos pacientes que sofrem de bulimia.Os vômitos são provocados seguidamente aos episódios de compulsão. Alguns pacientes podem chegar a vomitar até 20 vezes por dia. Os vômitos se tornam tão "comuns" que pacientes se tornam capazes de vomitar quando querem.O ato de purgar reduz temporariamente o desconforto físico causado pela sensação de "estufamento" gástrico, alem de amenizar o medo de ganhar peso pelas crises compulsões. Algumas podem até mesmo ansiar pelo comportamento purgativo da mesma forma que apreciam a sensação de "libertação" que este comportamento temporariamente oferece. Outros comportamentos compensatórios utilizados para "prevenir" o ganho de peso são o uso abusivo de laxantes, diuréticos, dietas restritivas, jejuns, medicamentos e "formulas" anorexigênos, e a prática exagerada de exercícios. A "necessidade" de se exercitar chega a interferir de modo significativo nas atividades pessoais e profissionais da pessoa. O paciente pode dar preferência a pratica de atividade física em detrimento de encontros sociais e/ou profissionais.
As bulimicas semelhante as anoréxicas, estão envolvidas de forma obsessiva com a forma e peso dos seus corpos. Uma pessoa com bulimia poderá checar seu peso e forma de maneira obsessiva. Esta "checagem" pode se manifestar através de pesagens freqüentes (varias vezes ao dia), observação de si mesmas no espelho, e medição de varias partes do corpo com fitas métricas ou com as próprias mãos. Para as bulimicas, a auto estima esta diretamente vinculada ao seu peso e forma corporal.
As complicações medicas mais comuns da bulimia incluem arritmias cardíacas, sangramentos do esôfago, distúrbios eletrolíticos, problemas gastrintestinais e dentais. As complicações medicas da bulimia podem ser tão severas quanto as da anorexia. Da mesma forma que a anorexia, a bulimia pode levar a morte, se não tratada de maneira adequada.
Na sua maioria os pacientes com bulimia estão dentro da faixa de peso normal, embora alguns possam estar com um peso levemente acima ou abaixo deste. Existem indicações de que antes do início do transtorno alimentar, os pacientes com bulimia estão mais propensos ao excesso de peso.
A bulimia apresenta uma prevalência no sexo feminino, 90 a 95%. A doença se manifesta mais tarde do que na anorexia, por volta dos 18 a 20 anos
Os episódios de compulsão consistem no consumo de uma grande quantidade de alimentos freqüentemente ricos em calorias. Os tipos de alimentos variam mas geralmente são ricos em gordura e/ou açúcar.Os episódios de compulsão alimentar ocorrem em segredo, por isso raramente são presenciados por outras pessoas. Alguns deste episódios são previamente planejados, mas geralmente ocorrem de forma impulsiva. Entre os episódios compulsivos, os pacientes restringem seu consumo calórico total e selecionam preferencialmente alimentos com baixas calorias, evitando alimentos que percebem como "engordativos". O "gatilho" das compulsões na bulimia, pode incluir depressão, dificuldades nos relacionamentos interpessoais, aborrecimentos, dietas restritivas e/ou prolongadas, e insatisfação e/ou distorção da imagem corporal.
A compulsão alimentar "camufla" temporariamente os sentimentos negativos, mas este estado é rapidamente seguido por sentimentos de culpa. A bulimica sente vergonha dos seus ataques de compulsão (binge), e entende seu comportamento como uma falta de controle, o que é uma das razões para a baixa auto-estima: "Existe alguma coisa "errada" comigo, sou "imperfeita", porque não consigo me controlar". É difícil para alguém que sinta desta forma procurar ajuda. Daí o prazo, e a demora de até dez anos, para que uma pessoa que sofra de bulimia busque ajuda.
Os comportamentos compensatórios são uma forma de "conter" os efeitos ( o aumento de peso) das crises de compulsão. O comportamento compensatório mais comum são os vômitos. Na bulimia os vômitos são provocados seguidamente os episódios de compulsão. Os vômitos auto-induzidos representam o comportamento compensatório mais comumente utilizado pelos pacientes que sofrem de bulimia.Os vômitos são provocados seguidamente aos episódios de compulsão. Alguns pacientes podem chegar a vomitar até 20 vezes por dia. Os vômitos se tornam tão "comuns" que pacientes se tornam capazes de vomitar quando querem.O ato de purgar reduz temporariamente o desconforto físico causado pela sensação de "estufamento" gástrico, alem de amenizar o medo de ganhar peso pelas crises compulsões. Algumas podem até mesmo ansiar pelo comportamento purgativo da mesma forma que apreciam a sensação de "libertação" que este comportamento temporariamente oferece. Outros comportamentos compensatórios utilizados para "prevenir" o ganho de peso são o uso abusivo de laxantes, diuréticos, dietas restritivas, jejuns, medicamentos e "formulas" anorexigênos, e a prática exagerada de exercícios. A "necessidade" de se exercitar chega a interferir de modo significativo nas atividades pessoais e profissionais da pessoa. O paciente pode dar preferência a pratica de atividade física em detrimento de encontros sociais e/ou profissionais.
As bulimicas semelhante as anoréxicas, estão envolvidas de forma obsessiva com a forma e peso dos seus corpos. Uma pessoa com bulimia poderá checar seu peso e forma de maneira obsessiva. Esta "checagem" pode se manifestar através de pesagens freqüentes (varias vezes ao dia), observação de si mesmas no espelho, e medição de varias partes do corpo com fitas métricas ou com as próprias mãos. Para as bulimicas, a auto estima esta diretamente vinculada ao seu peso e forma corporal.
As complicações medicas mais comuns da bulimia incluem arritmias cardíacas, sangramentos do esôfago, distúrbios eletrolíticos, problemas gastrintestinais e dentais. As complicações medicas da bulimia podem ser tão severas quanto as da anorexia. Da mesma forma que a anorexia, a bulimia pode levar a morte, se não tratada de maneira adequada.
Tentando acordar do pesadelo
Sou Felipe tenho 18 anos...
Aos 10 anos comecei a ter problemas de depressão por ter dificuldade de me relacionar com as pessoas.Tinha acabado de me mudar para uma cidade do interior onde eu não conhecia ninguém e não tinha nenhum amigo.Logo que entrei no colégio a situação ficou muito complicada pois eu era o estranho,"o menino gordinho que veio da cidade grande".Não demorou muito para surgir apelidos maldosos que me faziam ficar cada vez mais preso em meu próprio mundo...Em casa sempre havia uma grande cobrança da minha mãe em relação ao meu peso,por isso quando completei 12 anos ela decidiu comprar alguns produtos(chá,shake,barra de cereal)para que eu pudesse perder peso.Eu fazia uma dieta normal comia muitas frutas,tomava o shake e o chá o dia inteiro.Nos finais de semana a mulher que vendia aqueles produtos para minha mãe vinha tirar minhas medidas,nas duas primeiras vezes em que ela tirou as medidas não obtive nenhum resultado. Por esse motivo fui ficando cada vez mais frustrado.Foi ai que eu comecei a fazer as coisas do meu jeito,eu fazia o uso dos produtos e as vezes comia guloseimas escondido da minha mãe,para que ela não percebesse quando a mulher viesse para tirar minhas medias eu vomitava o que comia para que não pudesse alterar minhas medidas...e eu me sentia muito bem com isso,nos primeiros 2 anos eu conseguia lidar com aquela situação,achava que era algo que eu poderia controlar,eu já nem tomava os tais suplementos e para todo mundo eu comia normal,estava sempre engordando e emagrecendo...No ano de 2005 já com 14 anos de idade pro problemas familiares fui morar com meu avô em outra cidade,lá a situação havia tomado proporções ainda maiores,pois tive que recomeçar tudo de novo,mais uma vez eu era o “estranho” me afundei de vez na depressão e passava o dia todo deitado e comendo,de manha quando ia para escola comia muito na hora do intervalo.O problema se agravou, ai quanto mais eu comia mais eu me sentia mal e depois vinha uma culpa eu começava a ver defeitos em mim,e para me livrar daquele sentimento eu colocava toda a comida pra fora pois eu pensava que se eu não engordasse as pessoas iriam me achar uma pessoa melhor e não “tão estranha”,fiquei uns dois meses vomitando praticamente tudo o que eu comia.Um certo dia tinha comido muito no intervalo do colégio,logo me arrependi de ter comido compulsivamente e decidi colocar pra fora tudo o que havia comido,após o termino da aula fui para casa e não comi nada durante todo o dia.Durante a noite comecei a sentir fortes dores em meu abdômen mas para não preocupar meu avô fiquei calado,no outro dia fui para o colégio como todos os outros dias,lá a dor aumentou muito até que pedi ao professor licença para que eu pudesse ir ao banheiro,sai da sala e no corredor me senti mal e desmaiei.Acordei no hospital,meu avô foi me buscar preocupado sem entender direito o que estava acontecendo,o medico mandou fazer vários exames um deles indoscopia .O resultado dos exames apontou que eu estava com gastrite nervosa e com esofagite.O médico perguntou ao meu avô como era minha alimentação,meu avô respondeu que eu comia até de mais e que depois me trancava no quarto e depois de um tempo saia pra ir ao banheiro e tomar banho,foi ai que o médico desconfiou e pediu para eu sair do consultório.Ele disse ao meu avô que eu poderia estar com um distúrbio alimentar e que era para o meu avô me levar a um psicólogo,meu avô assustado contou a situação para minha mãe e me levou de volta para cidade em que minha mãe e minha avó viviam,ele disse que era melhor que elas cuidassem de mim.Lá eu comecei a fazer tratamentos com psicólogo.psiquiatra e nutricionista o tratamento durou aproximadamente 5 meses,eu parei com o tratamento em janeiro de 2006,ano em que eu tinha feito amizades,nesse mesmo ano eu e meus amigos montamos uma banda.Eu tive recaídas mas nada tão grave...
Hoje estou aqui tentando seguir de pé,mesmo que seja difícil e que as vezes pareça impossível,sei que ainda não estou recuperado mas luto dia após dia para sair deste labirinto que a BULIMIA fez com que eu ficasse preso...
Aos 10 anos comecei a ter problemas de depressão por ter dificuldade de me relacionar com as pessoas.Tinha acabado de me mudar para uma cidade do interior onde eu não conhecia ninguém e não tinha nenhum amigo.Logo que entrei no colégio a situação ficou muito complicada pois eu era o estranho,"o menino gordinho que veio da cidade grande".Não demorou muito para surgir apelidos maldosos que me faziam ficar cada vez mais preso em meu próprio mundo...Em casa sempre havia uma grande cobrança da minha mãe em relação ao meu peso,por isso quando completei 12 anos ela decidiu comprar alguns produtos(chá,shake,barra de cereal)para que eu pudesse perder peso.Eu fazia uma dieta normal comia muitas frutas,tomava o shake e o chá o dia inteiro.Nos finais de semana a mulher que vendia aqueles produtos para minha mãe vinha tirar minhas medidas,nas duas primeiras vezes em que ela tirou as medidas não obtive nenhum resultado. Por esse motivo fui ficando cada vez mais frustrado.Foi ai que eu comecei a fazer as coisas do meu jeito,eu fazia o uso dos produtos e as vezes comia guloseimas escondido da minha mãe,para que ela não percebesse quando a mulher viesse para tirar minhas medias eu vomitava o que comia para que não pudesse alterar minhas medidas...e eu me sentia muito bem com isso,nos primeiros 2 anos eu conseguia lidar com aquela situação,achava que era algo que eu poderia controlar,eu já nem tomava os tais suplementos e para todo mundo eu comia normal,estava sempre engordando e emagrecendo...No ano de 2005 já com 14 anos de idade pro problemas familiares fui morar com meu avô em outra cidade,lá a situação havia tomado proporções ainda maiores,pois tive que recomeçar tudo de novo,mais uma vez eu era o “estranho” me afundei de vez na depressão e passava o dia todo deitado e comendo,de manha quando ia para escola comia muito na hora do intervalo.O problema se agravou, ai quanto mais eu comia mais eu me sentia mal e depois vinha uma culpa eu começava a ver defeitos em mim,e para me livrar daquele sentimento eu colocava toda a comida pra fora pois eu pensava que se eu não engordasse as pessoas iriam me achar uma pessoa melhor e não “tão estranha”,fiquei uns dois meses vomitando praticamente tudo o que eu comia.Um certo dia tinha comido muito no intervalo do colégio,logo me arrependi de ter comido compulsivamente e decidi colocar pra fora tudo o que havia comido,após o termino da aula fui para casa e não comi nada durante todo o dia.Durante a noite comecei a sentir fortes dores em meu abdômen mas para não preocupar meu avô fiquei calado,no outro dia fui para o colégio como todos os outros dias,lá a dor aumentou muito até que pedi ao professor licença para que eu pudesse ir ao banheiro,sai da sala e no corredor me senti mal e desmaiei.Acordei no hospital,meu avô foi me buscar preocupado sem entender direito o que estava acontecendo,o medico mandou fazer vários exames um deles indoscopia .O resultado dos exames apontou que eu estava com gastrite nervosa e com esofagite.O médico perguntou ao meu avô como era minha alimentação,meu avô respondeu que eu comia até de mais e que depois me trancava no quarto e depois de um tempo saia pra ir ao banheiro e tomar banho,foi ai que o médico desconfiou e pediu para eu sair do consultório.Ele disse ao meu avô que eu poderia estar com um distúrbio alimentar e que era para o meu avô me levar a um psicólogo,meu avô assustado contou a situação para minha mãe e me levou de volta para cidade em que minha mãe e minha avó viviam,ele disse que era melhor que elas cuidassem de mim.Lá eu comecei a fazer tratamentos com psicólogo.psiquiatra e nutricionista o tratamento durou aproximadamente 5 meses,eu parei com o tratamento em janeiro de 2006,ano em que eu tinha feito amizades,nesse mesmo ano eu e meus amigos montamos uma banda.Eu tive recaídas mas nada tão grave...
Hoje estou aqui tentando seguir de pé,mesmo que seja difícil e que as vezes pareça impossível,sei que ainda não estou recuperado mas luto dia após dia para sair deste labirinto que a BULIMIA fez com que eu ficasse preso...
Assinar:
Comentários (Atom)